Ainda vale tudo na internet.
Após quase um mês de criação deste blog, o motivo pelo qual ele surgiu me avisa que ele pode acabar. O "aviso" foi esse. Quando o li, a primeira coisa que veio à minha cabeça foi que se a Marina ainda não conseguiu acabar com o blog, o Azeredo daria conta do recado. O Azeredo a que me refiro é aquele que foi Governador de Minas Gerais e foi acusado de começar o mensalão em tempos remotos com Marcus Valério, quando ainda estava no Palácio da Liberdade - sede administrativa do Governo de Minas Gerais. Mas, não vamos analisar a trajetória política desse senhor, caso contrário poderemos relacionar o projeto de lei apresentado por ele ao lobby de empresas de certificação digital. Isso porque José Henrique Portugal, assessor do senador mineiro, é ex-dirigente do Serpro (Serviço Federal de Processamento de dados) e tem papel importante nas modificações feitas no projeto que tem como uma de suas exigências a inscrição de dados (dos mais diversos) de todos os usuários da internet. Enfim, trataremos de outras questões da possível lei, já que sobre essa não temos nada a afirmar...
Ao navegar livremente pela rede, enquanto é possível, concordei com a nada protocolar Cecília Lana. Não sobre o seu desespero em relação às questões do tempo no jornalismo, mas quando afirma:
"Se precisamos modificar alguma coisa na Internet, essa mudança deve ocorrer no sentido de facilitar e ampliar o acesso, e não na direção oposta, de redução das possibilidades da net e limitação de seu potencial interativo."
A "Lei Azeredo", como Marina Dias denominou, usa da relevância social de alguns crimes cibernéticos para criar uma série de dificuldades ao acesso à internet e, assim, criar uma regulamentação para a livre navegação na rede. Lógico que devemos considerar a pedofilia, o "phishing" e a pornografia; entretanto, dizer que esse controle irá reduzir a ocorrência desses crimes vai além da dimensão de atuação da lei. A identificação dos usuários proposta por Azeredo, através do uso de registros documentais, não garante que, daqui a algum tempo, seja necessária uma restrição ainda maior.
Há um tempo atrás, o IP de cada computador era o suficiente e, agora, não é mais... Assim como, o blog Bizarros e Besouros muito bem disse, com a necessidade de identificação - essa sim protocolar - a internet vai perder uma de suas principais funções, o anonimato e toda a fantasia que isso gera.
E, já que o anonimato não vai mais ser uma característica chave da internet, peço que façam como a Stéphanie do blog "Para as horas vagas": frequentem o fake do Victor Fasano no twitter ou qualquer outro fake em sites de relacionamento. A diversão é garantida e está com os dias contatos, assim como esse blog, para a alegria da Marina. Por quê? O ato de bloggar também poderá ser considerado crime, já que o texto da lei trata de forma extremamente ampla as práticas que devem ser autuadas na rede.
Até quando vale tudo na internet?
É esperar para ver... Enquanto isso, vai um videozinho aí? Ou quem sabe o último cd da sua banda favorita?
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